sábado, 3 de dezembro de 2011

roubando almas

minha vida toda,roubei almas.
pessoas perdidas,aflitas que...nao sabiam o que fazer da vida.
homens que se achavam os melhores, os gostosoes...
eu roubava suas almas,elas me pertenciam...ficavam tao dependentes de mim como de qualquer outro vicio!
era bom roubar almas.eu flutuava de extase quando roubava uma...e cada vez que eu adquiria uma nova alminha pra minha coleçao,eu queria outra e,mais outra,mais outra....
ate que um dia...
um dia eu senti como era estar do outro lado,como era ter sua alma furtada!
nu segundo que voce respira e nota,que ja nao pertence mais a si mesmo...
que todos os seus sentidos pertencem a outro...
voce nao ouve,ve nem fala...diante da ausencia,de quem lhe roubou a alma.
e,ele roubou a minha quando meus olhos cruzaram os dele naquela carona.
um fim de tarde que tinha tudo para ser normal,se nao fosse pelo fato de meus amigos terem arrumado uma carona pra mim.
estava eu,apenas dez minutos da minha casa,se eu fosse a pé é claro,de carro levaria uns cinco minutos ou menos,dependendo muito do motorista e do veiculo.
quando abri a porta do carro,evitei olha-lo,sentei me timidamente e disse o oi mais suave e baixo de toda a minha vida.
o perfume dele era como eu ja sentira varias vezes,de quando ele passava por mim e nem me notava...suave e sereno,combinando com ele,mas ao mesmo tempo trazia junto um odor de masculinidade,virilidade junto.
enquanto eu me extasiava com o perfume dele,perguntava me onde eu morava,foi quando olhei pra ele.
meus olhos se refletiram lindamente naqueles dois lagos esverdeados;;;
me afoguei!
queimei naquela visão...e vi que ja nao tinha alma mais.
ele acabara de fazer comigo aquilo que eu,fizera minha vida toda:roubou minha alma.tao mais rapido que eu,tao mais certeiro e,discreto...tao mais objetiv e certo!
sem ter alma agora qual era minha saida?
explicar apenas,o caminho mais curto de casa...


eu nao tinha mais alma,eu estava perdida e,nao sabia o que dizer,pensar e ver...
eu tinha meus sentidos fora do lugar e,sem serventia,pela ausencia de alma!
mas ao mesmo tempo,eu adorei quem me roubou!
adorei a ideia de ter sido ele,meu carrasco!
mas diante agora de estar do outro lado,de lesadaa agora ,como eu teria de proceder,agir e viver?
entreguei-me,rendime completamente...
como há milhoes e milhoes de anos atras faziam os povos derrotados,tornando-se escravos....
e agora o que seria meu presente?

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